A verdade é mais profunda

Historiadores que estudam a origem das artes marciais realizam uma primeira classificação entre elas: artes marciais e luta. As lutas foram criadas com o propósito de combate, a fim de garantir a segurança dos soldados nas batalhas e, portanto, têm técnicas mais agressivas e eficazes. A arte marcial se volta ao esporte, ao treino como fim de evolução física, espiritual e prática de integração.

Algumas técnicas são vistas como mais agressivas – tais como o Jiu-Jitsu e o boxe – e outras, mais pacíficas – como o Tai Chi e o Aikidô. É verdade que todas elas tiveram focos mais específicos na origem de seus propósitos – alguns em defesa e outros em ataque, alguns em luta e outros em esporte. Mas...

... qual técnica nos dias atuais é voltada para a guerra?

Os estudiosos e mestres concordam nestes dois objetivos originais dos esportes de combate corpo-a-corpo: guerra e esporte. Portanto, a finalidade do praticante que não estiver voltado para a guerra é o esporte – a integração social, obter resultados físicos, mentais e espirituais. Qual arte marcial agressiva pode atingir esse objetivo? Qual academia séria pode ensinar uma arte marcial voltada para a luta e esperar que seus alunos cumpram a lei?

Existe uma exceção a ser analisada com mais cuidado: o lutador profissional. Mas será que ele entende que participa de uma guerra ou de um programa de entretenimento? Ele busca matar ou apenas vencer seu oponente? Mas isso é assunto para outro post.

O objetivo real é o que verdadeiramente motiva um trabalho. Seria útil buscar uma academia para aprender a atacar ou se defender de alguém? Mesmo ao entender a defesa pessoal como algo que venha a ser necessário, qual a regularidade dessa necessidade?

Não se voltando para a guerra, para a derrota de um suposto inimigo, o esporte de combate consegue atentar para sua real função social e cumprir melhor seu papel. Independente da origem, tipo ou estilo, uma academia ensinará artes marciais quando entender o caráter esportivo de sua prática - levando a arte marcial à um outro estágio de compreensão, tanto por parte do instrutor, quanto por parte do praticante.

Descobrir o real motivo de tudo, leva a decisões mais firmes. Podemos deixar de lado coisas inúteis e nos dedicar melhor ao que é importante.

Nenhum comentário: